"Havendo disponibilidade no mercado, a gente vai comprar e vai atrás de contratos que fizemos também que era para ter chegado aqui. Então, está liberada a aplicação [da vacina] no Brasil. E a vacina é do Brasil, não é de nenhum governador, não. É do Brasil", declarou Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada, segundo o portal UOL.
Após aprovar a CoronaVac, a Gerência-Geral de Medicamentos da Anvisa recomendou o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a COVID-19 para uso emergencial.https://t.co/iIqHxZx2i4
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 17, 2021
Além do recado ao governador de São Paulo, João Doria, que ontem (17) foi acusado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de "fazer uma jogada de marketing" com a aplicação da primeira vacina em São Paulo, o que estaria "em desacordo com a lei", o presidente Jair Bolsonaro disse que a "vacina é para quem ainda não pegou" a COVID-19 e defendeu o que ele chama de "tratamento precoce", que não tem comprovação científica.
"Não desisto do tratamento precoce. Não desisto. A vacina é para quem não pegou ainda. E essa vacina é 50% de eficácia. Jogar uma moedinha para cima, é 50% de eficácia [...] E o tratamento precoce, mais uma prova que dá certo, é que, em questão de poucos meses, nós éramos um país que tinha mais mortes por milhão de habitantes. Agora estamos, se não me engano, em 25º lugar. Só tem uma explicação", disse o presidente na saída do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro também voltou a defender que a vacinação não deve ser obrigatória: "No que depender de mim, não será obrigatória. É uma vacina emergencial. 50% de eficácia. Algo que ninguém sabe ainda se teremos efeitos colaterais ou não", frisou.
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Ontem (17), o painel de diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade o uso emergencial das vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e a AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz, contra a COVID-19.
Poucos minutos depois da decisão, o governo de São Paulo se adiantou e aplicou a primeira dose da CoronaVac em uma enfermeira do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, que se tornou, assim, a primeira pessoa vacinada no país contra o novo coronavírus após a aprovação dos imunizantes.