Em uma série de publicações ao longo do dia, véspera da posse do novo presidente norte-americano, Joe Biden, o secretário de Estado fez uma espécie de inventário de inimigos e aliados dos EUA.
Em uma das mensagens, Pompeo disse que não se podia "amansar" com "ditadores" como os que governam Venezuela e Cuba. Em outra publicação, ele citou o Irã, argumentando que não havia autoridades "moderadas" no país.
"Você não pode amansar com ditadores como os que governam Venezuela e Cuba. Nisto é que mora o perigo, tanto para a América como para os povos dessas nações", afirmou.
Pouco depois, Arreaza ironizou as declarações de Pompeo, afirmando que eram fruto de sua "ilusão". O ministro das Relações Exteriores da Venezuela disse ainda que todas as "tentativas" do secretário de Estado tinham "fracassado".
. @SecPompeo It was all part of your wishful thinking. All of your attempts failed. Our peoples are sovereign and they will remain in government while you will pass down in history as only a bad memory for the US and humanity. https://t.co/dKJo2VmI7f
— Jorge Arreaza M (@jaarreaza) January 19, 2021
@SecPompeo, é tudo parte de sua ilusão. Todas as suas tentativas fracassaram. Nossos povos são soberanos e vão permanecer no poder enquanto vocês passarão para a história apenas como uma memória ruim para os Estados Unidos e a humanidade
Em outra publicação, Pompeo disse que tinha mantido uma conversa "inspiradora" com o opositor venezuelano Juan Guaidó na segunda-feira (17), na qual reafirmou o apoio dos EUA "aos campeões da democracia na Venezuela". Os Estados Unidos reconhecem Guaidó como o presidente interino venezuelano, assim como o Brasil.
Última lista de sanções de Trump contra Venezuela é vista como 'agressão desesperada'
Venezuela condenou a publicação de nova lista de sanções pelo Departamento do Tesouro dos EUA antes da posse do democrata Joe Biden como novo presidente norte-americano.
"O governo da República Bolivariana da Venezuela condena, perante a comunidade internacional, a nova [e] desesperada agressão contra o povo venezuelano pelo governo cessante de Donald Trump", declarou o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza.
Em comunicado de 19 de janeiro, Venezuela ainda escreveu que, "até o último dia, a agressão supremacista e imperialista de Trump se manteve empenhada contra o povo venezuelano, lançando ataques e confiscando propriedades para destruir a capacidade venezuelana de comercializar livremente, como é de direito, seus recursos petrolíferos para atender às necessidades do povo venezuelano".
Anteriormente, o Departamento do Tesouro dos EUA publicou listas mistas relacionadas a sanções contra Rússia, Iêmen e Venezuela, e à luta antiterrorista.
A última remessa de sanções contra o país caribenho teve como alvos três indivíduos, 14 entidades e seis embarcações por "seus laços com uma rede que tentava escapar das sanções dos Estados Unidos ao setor petrolífero da Venezuela".