Os dinossauros saurópodes tinham pescoços e rabos imensamente longos e pernas que pareciam pilares, escreve Independent. No entanto, os restos encontrados, não são de um esqueleto completo e consistem apenas em ossos pélvicos e vértebras, dando pistas sobre o animal de enorme escala.
Os autores do artigo publicado na revista Cretaceous Research sugerem que o animal poderia originar de uma população não conhecida anteriormente de saurópodes da Patagônia.
O parente mais perto deste é o andessauro, um tipo de "titanossauro superdimensionado" que existiu em meados do Período Cretáceo na América do Sul e chegou a atingir um tamanho de 18 metros.
Contudo, os fragmentos de ossos fossilizados indicam que o novo titanossauro era muito maior, excedendo facilmente o tamanho do andessauro e provavelmente tornando-o maior do que os maiores animais terrestres conhecidos - o patagotitan e o argentinossauro - ambos da espécie dos saurópodes, segundo os autores do estudo.
Patagotitan foi anunciado apenas em 2014 por paleontólogos, após os primeiros ossos terem sido desenterrados na Patagônia em 2013. Acredita-se que este pesava quase 60 toneladas e atingiu 31 metros naquela época. Os especialistas contaram que "levando em consideração o tamanho destes ossos, que ultrapassam o de qualquer animal que se tenha informação até hoje, o novo dinossauro é o maior animal conhecido que andava pela Terra".
A descoberta fornece aos pesquisadores uma maior compreensão sobre o surgimento dos saurópodes gigantes e como os mesmos evoluíram e viveram na Terra. A pesquisa aponta que várias espécies desse dinossauro viveram lado a lado, e especialistas sugerem que eles ocupariam diferentes papéis na cadeia alimentar.
Os saurópodes foram espécies muito comuns e seus vestígios fossilizados já foram encontrados em todos os continentes da Terra, incluindo a Antártica.
Quando antigos paleontólogos estudaram pela primeira vez os ossos desses enormes dinossauros na segunda metade do século XIX, se pensou que, graças ao seu tamanho, os saurópodes eram grandes animais aquáticos.
No entanto, o recente estudo revelou adaptações que permitiram a estas enormes criaturas viverem na Terra. As adaptações incluem um sistema de sacos de ar, cuja existência é indicada por entalhes e cavidades na maioria das vértebras, e ossos ocos e pneumáticos, semelhantes aos das aves de hoje, que tornavam seus enormes membros mais leves.
O maior animal que já existiu permanece sendo a baleia azul, que pode atingir o tamanho máximo de 33,5 metros de comprimento e pesar 173 toneladas.