Apesar de ter entrado em lockdown na última semana, Portugal volta a enfrentar graves dificuldades em meio à pandemia da COVID-19.
Os novos casos diários por 100.000 habitantes aumentaram de 51, em 5 de janeiro, para 98, na última terça-feira (19), escreve a Associated Press. Enquanto isso, a média diária de mortes per capita aumentou de 0,75 para 1,63 no mesmo período. As autoridades lançaram um programa de testes rápidos de coronavírus em escolas e nas áreas mais afetadas do país.
No epicentro da discussão sobre a crise em Portugal está a manutenção da abertura de escolas. Com o último decreto de lockdown no país, que deixou instituições de ensino abertas, autoridades sustentam que se as escolas fecharem, algumas crianças não terão refeições adequadas.
Por outro lado, a Comissão Distrital de Proteção Civil de Lisboa decidiu hoje (20) pedir ao governo o encerramento imediato das aulas nas escolas e um alargamento das restrições para forçar a população ao confinamento.
Enquanto isso, professores estão insatisfeitos com a política, pressionando pelo fechamento dos estabelecimentos de ensino. O aumento está empurrando o sistema de saúde pública, especialmente hospitais, à capacidade máxima. O Ministério da Saúde prevê inaugurar quarta-feira (20) um hospital de campanha com 58 leitos no recinto do campus da Universidade de Lisboa.
As autoridades estão abrindo mais instalações médicas temporárias em locais fora do setor de saúde, incluindo hotéis, residências universitárias e igrejas.
Portugal notificou 10.455 novos casos confirmados e 218 óbitos nas últimas 24 horas. São os números mais elevados desde o início da pandemia. Isso aumentou os totais gerais para 566.958 casos e 9.246 mortes.