Os cientistas norte-americanos estudaram a reação dos anticorpos contra o vírus SARS-CoV-2 em um grupo de 100 participantes. Os resultados foram publicados na revista Nature.
Quando o patógeno entra no corpo, as células B de memória começam a produzir anticorpos. Primeiramente, durante a fase ativa da infecção, produzem imunoglobulina M (IgM), depois imunoglobulina G (IgG) e no fim a imunoglobulina A (IgA).
Os cientistas fizeram análises para identificar anticorpos das pessoas estudadas pela primeira vez cerca de 40 dias depois da infecção, a última foi feita seis meses depois da infecção pelo coronavírus.
Os resultados mostraram que ao longo do tempo os títulos dos anticorpos IgM e IgG contra a proteína S diminuíram significativamente. No entanto, a imunoglobulina A se reduziu menos.
Durante 1,3-6,2 meses depois da infecção, os cientistas observaram a reação das células B de memória contra o SARS-CoV-2, o que corresponde ao tempo de vida dos anticorpos no organismo.
"Reações das células B de memória são responsáveis pela defesa contra a reinfecção e são necessárias para uma vacinação eficaz. A observação de que as respostas das células B de memória não desaparecem depois de seis meses, mas em vez disso continuam se desenvolvendo, comprovam de maneira convincente que as pessoas recuperadas da COVID-19 podem reagir rápida e eficazmente ao vírus durante o segundo contato", de acordo com os autores do estudo.
Depois da formação das células de memória, durante cerca de seis meses depois da infecção as pessoas têm menor probabilidade da reinfecção. Além disso, os pesquisadores destacaram a grande resistência das células B de memória contra as mutações do coronavírus.
O Brasil já registrou 8.573.864 casos, 211.491 mortes e 7.618.080 pacientes recuperados da COVID-19. No mundo, já houve 24.254.284 casos confirmados, 2.059.566 mortes e 53.143.415 pacientes recuperados da infecção pelo coronavírus.