Em nota, o Copom afirma que o surgimento de novas variantes do novo coronavírus deve prejudicar a recuperação econômica no curto prazo, mas que estímulos "fiscais em alguns países desenvolvidos, unidos à implementação dos programas de imunização da COVID-19" sinalizam para uma retomada no médio prazo.
"A presença de ociosidade, assim como a comunicação dos principais bancos centrais, sugere que os estímulos monetários terão longa duração, permitindo um ambiente favorável para economias emergentes", escreveu.
Já sobre a economia brasileira, o Banco Central disse que "indicadores referentes ao final do ano passado têm surpreendido positivamente", mas que o aumento de casos da COVID-19 deixa o cenário econômico doméstico ainda incerto.
"Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o primeiro trimestre deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais", afirmou o BC.
As estimativas do Copom sobre a inflação brasileira são de 3,6% para 2021 e 3,4% para 2022.
"Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva até 3,25% ao ano em 2021 e 4,75% ao ano em 2022", projetou.
A Selic foi fixada em 2% ao ano na reunião de agosto do ano passado, assumindo o menor patamar da série histórica.