Kodama Michiko, que tinha sete anos quando presenciou o bombardeio a Hiroshima, hoje tem 82 anos e é secretária-geral da Confederação de Organizações de Vítimas de Bombas A e H. A japonesa comemorou a vigência do acordo.
"Estou muito feliz de falar às diversas vítimas que armas nucleares, que ceifaram tantas almas, estão banidas sob leis internacionais", disse em coletiva de imprensa, conforme noticiado pelo veículo japonês NHK.
Michiki afirmo, no entanto, que é lamentável que o Japão não participe do acordo, sendo o único país que sofreu com as bombas nucleares.
Outra secretária-geral da organização, Wada Masako, de 77 anos, é uma sobrevivente do bombardeio atômico de Nagasaki. Ela disse que o novo presidente dos EUA, Joe Biden, deveria pensar sobre como as armas nucleares são desumanas, pois destroem tudo e todos.
Em 1945, os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, em 6 e 9 de agosto, respectivamente. A bomba atômica chamada de Little Boy (pequeno garoto, em inglês) matou cerca de 140.000 residentes da cidade de Hiroshima, enquanto a outra, Fat Man (homem gordo, em inglês), matou cerca de 70.000 pessoas em Nagasaki. Os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki são os únicos ataques com armas nucleares na história.
O Tratado de Proibição de Armas Nucleares, aprovado pelas Nações Unidas em julho de 2017, proíbe o desenvolvimento, teste, produção, armazenamento, uso, transferência e a ameaça de armas nucleares. Os 50 países necessários ratificaram o tratado.