O Ministério da Defesa de Taiwan informou no sábado (23) sobre a presença de oito bombardeiros, quatro caças e uma aeronave de guerra antissubmarino do Exército de Libertação Popular (ELP) da China em sua zona de identificação de defesa aérea (ADIZ, na sigla em inglês), adicionando que os sistemas de mísseis antiaéreos da Força Aérea do país haviam sido acionados para "monitorar" os aviões da China.
Segundo o relato, se trataria de oito bombardeiros H-6K, quatro caças J-16 e uma aeronave antissubmarino Y-8.
"Foram programados missões de alerta aéreo, emitidos avisos de rádio e acionados sistemas de mísseis de defesa antiaérea para monitorar a atividade", declarou e entidade.
Os militares também apresentaram um mapa da área de "intrusão", que mostra as alegadas rotas de voo das aeronaves voando do continente chinês, a cerca de 300-350 quilômetros da ilha de Taiwan e mais perto da China continental.
Taiwan e a China têm reivindicações de ADIZ concorrentes, com Taipei relatando no início deste mês que havia registrado 380 "incursões" de aeronaves chinesas em sua ADIZ em 2020. A zona da China também se sobrepõe às da Coreia do Sul e do Japão, resultando em frequentes tensões entre os países asiáticos e seus aliados. A ADIZ de Taiwan foi formulada pelos militares dos EUA após a Segunda Guerra Mundial.
Pequim considera Taiwan uma província separatista e espera ver a ilha unificada com a República Popular da China em algum momento no futuro. Taiwan, por sua vez, há muito governado por forças nacionalistas chinesas que fugiram para Taiwan após o fim da Guerra Civil da China em 1949, reivindica toda a China continental, Mongólia, bem como territórios pertencentes à Rússia, Tajiquistão, Paquistão, Afeganistão, Japão, Índia, Butão e Birmânia.