Os EUA, por sua vez, sofreram uma queda de 49%, fechando o ano com um total de US$ 134 bilhões (R$ 732,3 bilhões).
De acordo com os dados da entidade, o investimento global caiu 42%, de US$ 1,5 trilhão (R$ 8,19 trilhões) em 2019 para US$ 859 bilhões (R$ 4,694 trilhões) em 2020, sendo este o valor mais baixo desde a década de 1990, e mais de 30% abaixo da queda observada no rescaldo da crise financeira de 2008.
Além disso, é esperado que em 2021 o IED continue diminuindo acentuadamente, UNCTAD prevê que o investimento caia entre 5 e 10 por cento ao longo deste ano devido ao impacto prolongado da contração da atividade econômica.
Na Europa o IED teve uma queda ainda maior do que nos EUA, terminando o ano com um saldo negativo de US$ 4 bilhões.
O investimento estrangeiro direto no Reino Unido caiu para zero, enquanto os fluxos de ativos estrangeiros da Austrália sofreram queda de 46% para US$ 22 bilhões (R$ 120,2 bilhões).
No geral, as nações asiáticas em desenvolvimento, África, América Latina e Caribe viram o IED diminuir em 4%, 18% e 37% respectivamente.
Segundo os dados da UNCTAD, a China foi o único vencedor no ato de reequilíbrio dos investimentos.
O diretor da divisão de investimentos da UNCTAD, James Zhan, previu que "os efeitos da pandemia sobre o investimento perdurarão", e os investidores deverão "provavelmente permanecer cautelosos em investir capital em novos ativos produtivos no exterior", se focando ao invés disso, nos setores da tecnologia e saúde, que tiveram crescimento exponencial em meio à pandemia.
As previsões de economistas sugerem que a China tomará o posto dos Estados Unidos e se tornará a maior economia do mundo em menos de uma década.