A corrida mundial pelas vacinas contra a COVID-19 pode ganhar um novo personagem: as multinacionais. Neste ano, no Fórum Econômico Mundial, algumas corporações internacionais defenderam que o mundo deveria considerar a possibilidade dessas empresas comprarem imunizantes diretamente dos fabricantes para vacinar seus funcionários.
O argumento principal por trás da ideia seria o de acelerar o processo e desonerar as contas públicas, escreve a Rádio França Internacional.
Para o CEO do grupo Deustsche Post DHL, Frank Appel, as grandes empresas têm orçamento e estariam felizes de investir na vacinação de seus quadros. A companhia que atua em 220 países e tem 575 mil trabalhadores "poderia dar a sua contribuição, o que não chega a ser significativo no contexto global", enfatizou.
Governo confirmou, mais cedo nesta terça-feira (26), que deu aval para empresas brasileiras adquirirem um lote de 33 milhões de doses https://t.co/N3N8IiSloH
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 26, 2021
No entanto, segundo ele, se as 500 maiores multinacionais puderem comprar vacinas com seu próprio dinheiro, "isso seria um passo significativo na direção correta".
No Brasil, a iniciativa privada já procurou o governo para manifestar a intenção de comprar vacinas. O Planalto foi contatado por empresários que se oferecem para comprar 33 milhões de doses da vacina de Oxford-AstraZeneca, das quais metade seriam doadas para o SUS no âmbito do Programa Nacional de Imunizações.
A ideia, que sofria resistência por parte da equipe do presidente Jair Bolsonaro até recentemente, agora conta com a sua simpatia. Segundo ele, a iniciativa "ajudaria em muito a economia".
O acordo em andamento prevê que metade das doses ficará com o Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto a outra metade seria destinada aos funcionários e familiares das empresas https://t.co/hsZT2ZEp9u
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 25, 2021