O governo da China está expandindo os testes do yuan digital (DCEP, na sigla em inglês), que passa agora a ser usado na capital Pequim, em Xangai, a cidade mais populosa do país, e no principal centro de tecnologia da China, Shenzhen.
O anúncio foi realizado no fim de semana pelos governadores das cidades. O prefeito de Pequim, Chen Jining, afirmou que a capital "acelerará a construção de zonas de demonstração inovadoras para fintechs e serviços profissionais em 2021 e promoverá a aplicação-piloto da moeda digital", informa o jornal Global Times. Uma promessa semelhante foi feita pelo prefeito de Xangai, Gong Zheng.
Shenzhen, apelidada de Vale do Silício da China, começou a terceira rodada de testes em 20 de janeiro, emitindo 20 milhões de yuans digitais (aproximadamente R$ 16,5 milhões) para residentes no distrito de Longhua.
"O teste-piloto é apenas o primeiro passo de uma 'longa marcha'. Uma vez lançado, o yuan digital remodelará a indústria financeira da China e desencadeará um promissor setor de serviços financeiros digitais no valor de bilhões de yuans", afirmou um veterano da indústria de Shenzhen à mídia.
Em 2020, a operação de teste do DCEP se expandiu de teste de circuito fechado em pequena escala para teste aberto em grande escala, em cidades da Região Metropolitana de Jingjinji. Pequim já havia revelado planos de preparar o yuan digital a tempo para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2022.
O projeto da nova moeda digital começou em 2014, com Pequim reprimindo o uso de todas as criptomoedas, como o bitcoin. O comércio de criptomoedas foi interrompido no país desde 2017, em conformidade com a regulamentação sobre fraude e lavagem de dinheiro.