Cientistas explicam por que morrem mais homens que mulheres de COVID-19

© REUTERS / Ajeng Dinar UlfianaFuncionários da saúde usando macacões de proteção se preparam para o tratamento dos pacientes com COVID-19 em hospital de urgências em Jacarta, Indonésia, 26 de janeiro de 2021
Funcionários da saúde usando macacões de proteção se preparam para o tratamento dos pacientes com COVID-19 em hospital de urgências em Jacarta, Indonésia, 26 de janeiro de 2021 - Sputnik Brasil
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Pesquisadores da Universidade Yale, EUA, explicaram por que os homens morrem 1,7 vez mais frequentemente de COVID-19 que as mulheres.

A diferença na mortalidade da COVID-19 entre homens e mulheres é observada em quase todos os países que têm dados divididos por gênero. Além dos fatores dos papéis sociais e comportamentais de gêneros, os mecanismos biológicos também influenciam a mortalidade deferente entre homens e mulheres, segundo estudo publicado na revista Science.

Infecção por agentes patogénicos resulta em respostas imunes diferentes, dependendo do gênero do infectado. O sexo masculino está mais associado a respostas imunes mais baixas e maior suscetibilidade e/ou vulnerabilidade a infecções.

Hormônios desempenham papel crucial na predisposição para complicações de doenças. Nas mulheres, o estrogênio pode bloquear o receptor ACE2, que o vírus SARS-CoV-2 usa para entrar no corpo. Já nos homens, o andrógeno, ao contrário, facilita a entrada da infecção, de acordo com cientistas.

Além disso, foi revelado que um dos fatores importantes é a presença em mulheres de dois cromossomos X possuidores de genes-chave por regularem a resposta do sistema imunológico. Em alguns casos, ambos os cromossomos X podem ativar simultaneamente o sistema imunológico congênito e identificar agentes patogênicos em estádios iniciais de infecção.

Homens de 60 anos de idade em geral podem começar a perder a capacidade de formar a resposta imune inicial contra o coronavírus. Em vez da resposta imune, no corpo dos homens surge uma exagerada reação compensatória, que causa inflamação grave e tempestade de citocinas, que são responsáveis pelos casos graves da COVID-19.

Brasil já registrou 8.933.356 casos, 218.878 mortes e 7.930.380 pacientes recuperados da COVID-19. No mundo há 100.371.303 casos confirmados, 2.160.562 óbitos e 55.532.629 pacientes recuperados do coronavírus.

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