As afirmações foram feitas em entrevista à Rádio Bandeirantes.
"Em um futuro próximo após essa questão das eleições dos novos presidentes das duas casas do Congresso poderá ocorrer uma reorganização do governo para que seja acomodada a nova composição política que emergir desse processo. Talvez alguns ministros sejam trocados, entre eles o das Relações Exteriores", afirmou o vice-presidente.
As eleições na Câmara e no Senado estão marcadas para o dia 1º de fevereiro. Apesar da especulação, Mourão disse preferir aguardar porque o assunto não teria sido discutido com ele.
© Folhapress / Pedro LadeiraMinistro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
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Mourão também falou que sente que o presidente Jair Bolsonaro poderia acioná-lo mais.
"Na minha visão acho que o presidente poderia me utilizar mais de modo que a gente pudesse chegar às decisões que fossem mais adequadas para as situações que têm sido vividas. Eu sempre estou pronto para auxiliar e tenho procurado fazer isso dentro dos meus limites de atuação, mas é obvio que eu queria ter uma participação maior", declarou.
Segundo Mourão, não há condições para um impeachment de Bolsonaro, e a pressão para o processo poderá diminuir depois que avançar o processo de vacinação contra a COVID-19.
"O mundo inteiro está com problemas para ter acesso a essas vacinas. As empresas que fabricam a vacina são poucas, os insumos vêm principalmente da China e da Índia, e nós vamos ter ao longo desse semestre dificuldade para todos, e o assunto termina por respingar aqui. A partir [do momento] que o processo de vacinação avançar, essa pressão por impeachment vai diminuir", completou.