Os pedidos são decorrentes da ação que denuncia o favorecimento de pessoas que teriam furado a fila do grupo prioritário da vacinação contra a COVID-19 na capital amazonense. O MP-AM pede também o afastamento de Almeida e Fraxe dos cargos públicos.
Segundo a Rede Amazônica, que teve acesso ao documento com os pedidos de prisão, foram vacinados secretários e subsecretários municipais de Manaus, além de advogados, assessores e até um empresário e sua esposa.
"Nenhum dos indivíduos citados integram a linha de frente do combate à COVID-19, ou são idosos prioritários, o que configura a prática da infração de peculato", diz o pedido de prisão.
David Almeida se pronunciou por meio de um comunicado. O prefeito disse estar "profundamente indignado com a atuação ilegal e arbitrária" do MP-AM e informou que "ingressará com as medidas cabíveis contra os responsáveis".
Com altas taxas de ocupação em hospitais e falta de insumos básicos para o atendimento da população, como oxigênio, Manaus e todo o estado do Amazonas enfrentam um colapso da rede pública de saúde. Desde segunda-feira (25), o estado adotou regras mais duras nas restrições da circulação de pessoas para conter a pandemia. As regras são válidas até o fim de janeiro.
Na última sexta-feira (22), o vice-presidente da República Hamilton Mourão disse que furar a fila da vacinação "denota uma falta de solidariedade, uma falta de, vamos dizer assim, até de caráter de pessoa que faz isso".