Cientistas apontam células que poderiam estar protegendo corpo do SARS-CoV-2

© AFP 2023 / Institutos Nacionais de Saúde dos EUA / HandoutImagem do SARS-CoV-2, isolado de um paciente nos EUA, tirada por microscópio eletrônico de transmissão em 27 de fevereiro de 2020
Imagem do SARS-CoV-2, isolado de um paciente nos EUA, tirada por microscópio eletrônico de transmissão em 27 de fevereiro de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 01.02.2021
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Apesar de ser conhecido que as células T e B são importantes para um corpo lutar contra o novo coronavírus, pesquisadores analisaram características de células T específicas que podem ser fundamentais nesse processo.

Cientistas dos EUA revelaram em estudo publicado no servidor de pré-impressão medRxiv quais células T também surgem como resultado direto de vacinação contra o SARS-CoV-2.

Apesar de tanto as células T como as células B terem um papel na produção de imunidade, as primeiras, que contêm linfócitos T que em caso de déficit levam a caso grave da COVID-19, são mais importantes, argumentam os pesquisadores do Instituto Gladstone e da Universidade da Califórnia, São Francisco.

Com base em 48 amostras de sangue de 34 pessoas, classificadas como "casos severos" e "casos moderados", juntamente com outras 11 amostras de pessoas não infectadas, a equipe de pesquisadores registrou uma maior ocorrência de células T com expressão da proteína PD1 em pacientes com sintomas severos e de células T com mais receptores CD8 em infecções com sintomas leves.

Segundo a pesquisa, são essas células que detectam células infectadas pelo novo coronavírus e geram anticorpos. Além de surgir em pacientes infectados, as vacinas criam essas células em indivíduos que não sofreram da COVID-19.

"[...] Nossos resultados sugerem que estratégias para melhorar as funções efetoras das células T específicas do SARS-CoV-2, inclusive através da vacinação, serão benéficas para reduzir a mortalidade da COVID-19 e ajudar a acabar com esta pandemia devastadora", escrevem os autores.

Sendo um estudo não revisto por pares, os cientistas norte-americanos sublinham que tem uma natureza "correlativa e fenotípica", sendo necessário trabalho posterior em grupos maiores para provar um efeito causativo.

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