Cientistas dos EUA revelaram em estudo publicado no servidor de pré-impressão medRxiv quais células T também surgem como resultado direto de vacinação contra o SARS-CoV-2.
Apesar de tanto as células T como as células B terem um papel na produção de imunidade, as primeiras, que contêm linfócitos T que em caso de déficit levam a caso grave da COVID-19, são mais importantes, argumentam os pesquisadores do Instituto Gladstone e da Universidade da Califórnia, São Francisco.
Com base em 48 amostras de sangue de 34 pessoas, classificadas como "casos severos" e "casos moderados", juntamente com outras 11 amostras de pessoas não infectadas, a equipe de pesquisadores registrou uma maior ocorrência de células T com expressão da proteína PD1 em pacientes com sintomas severos e de células T com mais receptores CD8 em infecções com sintomas leves.
Segundo a pesquisa, são essas células que detectam células infectadas pelo novo coronavírus e geram anticorpos. Além de surgir em pacientes infectados, as vacinas criam essas células em indivíduos que não sofreram da COVID-19.
"[...] Nossos resultados sugerem que estratégias para melhorar as funções efetoras das células T específicas do SARS-CoV-2, inclusive através da vacinação, serão benéficas para reduzir a mortalidade da COVID-19 e ajudar a acabar com esta pandemia devastadora", escrevem os autores.
Sendo um estudo não revisto por pares, os cientistas norte-americanos sublinham que tem uma natureza "correlativa e fenotípica", sendo necessário trabalho posterior em grupos maiores para provar um efeito causativo.