"O poder nuclear da Coreia do Norte está diretamente ligado à estabilidade do regime", afirmou à CNN Ryu Hyeon-woo, que desertou o país fugindo para o Sul há mais de um ano.
Ele acredita que as administrações anteriores dos EUA se envolveram em um impasse ao exigir a desnuclearização de Pyongyang.
"Os EUA não podem recuar em relação à desnuclearização e Kim Jong-un não pode desnuclearizar [o país]", afirmou.
É improvável que a Coreia do Norte desista completamente de seu arsenal nuclear, contudo, o país pode aceitar negociar uma redução de armas, ressaltou.
Além disso, ele afirmou que as sanções podem ter sido um fator que levou Pyongyang à mesa das negociações em 2018.
Após trocar insultos e ameaças nucleares entre si, Donald Trump e Kim Jong-un se encontraram pela primeira vez em 2018 em Singapura, onde assinaram uma declaração instando à desnuclearização e a novas tendências nas relações entre os dois antigos adversários.
O líder Kim Jong-un foi nomeado neste domingo como secretário-geral do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, cargo que foi ocupado pela última vez por seu pai Kim Jong-il https://t.co/Tefz50etwE
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) January 11, 2021
O segundo encontro ocorreu em Hanói, capital do Vietnã, em 2019, mas os líderes não chegaram a um acordo.
As negociações seguintes não progrediram e Pyongyang rejeitou os pedidos de Biegun para mais engajamentos, afirmando que os Estados Unidos não parecem querer realmente abandonar sua política hostil.
Recentemente, o atual presidente dos EUA, Joe Biden afirmou que exigiria que os norte-coreanos concordassem antecipadamente em desistir de algumas de suas armas nucleares antes de uma nova cúpula.
Posteriormente, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que o governo Biden trabalharia estreitamente com os parceiros regionais para "deter" a Coreia do Norte.