Os funcionários do Twitter e alguns de seus familiares doaram uma quantidade significativa de dinheiro à campanha presidencial de Joe Biden, 64 vezes mais do que para seu adversário, Donald Trump, segundo informou a emissora Fox News, citando fontes.
Joe Biden recebeu US$ 193 mil (cerca de R$ 1 milhão), enquanto Donald Trump recebeu US$ 3 mil (aproximadamente R$ 16 mil), segundo o relatório.
Supostamente, os funcionários não pertencem aos maiores contribuintes de Biden, que são, na verdade, a agência de notícias Bloomberg, o fundo de arrecadação Future Forward USA PAC e o aplicativo Asana, conforme dados do Centro de Política Responsiva.
Além disso, a emissora informou que as principais empresas de tecnologia como Google, Amazon e Microsoft estavam entre os doadores do comitê inaugural, segundo o relatório lançado pelo Comitê Inaugural de Biden que inclui doadores que contribuíram mais de US$ 200 (R$ 1 mil), sem especificar a quantia exata.
Os candidatos presidenciais normalmente recebem grandes contribuições para seus comitês inaugurais de muitas empresas, inclusive Trump, que em 2017 recebeu doações da Microsoft e do Google.
De acordo com o relatório do portal Wired, os empregados da Alphabet, Amazon, Apple, Facebook, Microsoft e Oracle doaram cerca de 20 vezes mais dinheiro à campanha presidencial de Biden do que para de Trump, desde o início de 2019.
De acordo com a Comissão Eleitoral Federal, os funcionários dessas seis empresas contribuíram US$ 4,7 milhões (cerca de R$ 25 milhões) para Biden e US$ 239,5 mil (aproximadamente R$ 1,3 milhão) para Trump.
Em dezembro de 2020, alguns republicanos, inclusive os senadores Ted Cruz e Josh Hawley, afirmaram que "gigantes da tecnologia comandariam o governo" caso Biden se tornasse presidente, dado que nove membros de sua equipe de transição previamente trabalharam no Facebook, no Google ou no Twitter, informou a Fox News.
Alguns ocuparam posições na administração de Barack Obama antes de começarem a trabalhar nos gigantes tecnológicos e depois regressaram à política, fazendo parte da equipe de Biden, conforme citou a emissora.
Trump e os gigantes de tecnologia
Durante a administração de Trump, as relações entre a Casa Branca e o Vale do Silício pioraram. Várias empresas de tecnologia criticaram as medidas políticas do ex-presidente, inclusive o isolacionismo e a guerra comercial com a China, principal fonte de rendimento para as empresas de tecnologia.
Muitos legisladores republicanos expressaram sua insatisfação com a forma como as redes sociais moderaram o conteúdo conservador antes da corrida presidencial de 2020. No verão passado, Trump autorizou a Comissão Federal de Comunicação a "esclarecer" partes da Seção 230 da Lei de Decência das Comunicações de 1996 que livra os fornecedores de conteúdo on-line da responsabilidade pelo conteúdo publicado pelos usuários em sua plataforma.
Durante as consultas em outubro e novembro de 2020, o diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, e o diretor executivo do Twitter, Jack Dorsey, refutaram alegações de parcialidade na censura de conteúdo conservador.
Posteriormente, o Twitter impôs restrições às postagens ligadas às acusações não comprovadas sobre fraude eleitoral durante as últimas eleições presidências. Depois da invasão do Capitólio pelos apoiadores de Trump em 6 de janeiro, o Twitter e outra redes sociais como Facebook, Youtube e Instagram também bloquearem a conta do ex-presidente.