Futuramente, o Pentágono poderia proteger as bases da NASA na Lua. As duas instituições estão intensificando a cooperação entre projetos civis e militares em meio às ameaças externas, informa o The Wall Street Journal, citando fontes do governo e da indústria espacial.
O jornal observa que, com o tempo, espera-se que a proteção por parte do Departamento de Defesa também abranja as operações de empresas de mineração privadas na superfície lunar, que podem incluir a obtenção de água ou minerais.
O WSJ também destaca a ampliação da cooperação entre o Departamento de Defesa e a Agência Espacial, que está relacionada com a necessidade de combater "os desafios que a Rússia e China representam para os EUA".
Com isso, "o Pentágono pretende utilizar a experiência de empresas privadas, obtida durante a implementação de programas espaciais civis, para fortalecer sua posição dominante no espaço, que pode vir a se converter em um cenário de hostilidades".
Em abril de 2020, Donald Trump assinou uma ordem executiva referente à exploração comercial dos recursos naturais da Lua e outros corpos celestes. O documento frisou que Washington não vê o espaço exterior como um bem comum global.
Em outubro de 2020, os EUA, Austrália, Canadá, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido assinaram um pacto com regras internacionais para a exploração e extração de recursos da Luna. Os chamados Acordos de Artêmis não contaram com a participação da Rússia e da China.