Os cães são condicionados a cheirar o "odor do corona" que vem das células de pessoas infectadas, disse à agência Reuters Esther Schalke, veterinária da escola de cães de serviço das Forças Armadas da Alemanha.
Filou, um pastor-belga de três anos, e Joe Cocker, um Cocker Spaniel de um ano, são dois dos cães que estão sendo treinados na Universidade de Medicina Veterinária de Hannover.
"Fizemos um estudo no qual tínhamos cães farejando amostras positivas de pacientes com COVID-19 e podemos dizer que eles têm uma probabilidade de acerto de 94%", disse Holger Volk, chefe da clínica veterinária.
"Assim, os cães podem realmente farejar pessoas com infecções e sem infecções, bem como pacientes com COVID-19 assintomáticos e sintomáticos", acrescentou Volk.
Estudo revela células "essenciais" que surgem em pacientes com casos graves e casos leves da COVID-19https://t.co/zNs6qfhwsW
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 1, 2021
Stephan Weil, primeiro-ministro do estado federado da Baixa Saxônia, cuja capital é Hannover, disse que ficou impressionado com o estudo e pediu um teste de viabilidade antes que os cães farejadores sejam colocados em uso na vida cotidiana, como por exemplo em uma fila de entrada para espetáculos culturais.
"Agora precisamos de testes em eventos selecionados", disse Weil.
Na Finlândia, cães treinados para detectar o novo coronavírus começaram a farejar amostras de passageiros no aeroporto de Helsinque-Vantaa em setembro do ano passado, em um projeto-piloto que funciona em conjunto com a execução de testes mais usuais. Além do terminal finlandês, o aeroporto internacional de Santigo, no Chile, também utiliza os cães para a detecção do coronavírus.