O projeto sofreu problemas desde o início, sendo que a maioria dos problemas não pode ser corrigida. Contudo, a Marinha norte-americana enfrenta outros problemas, que serão citados logo abaixo.
Defeitos e avarias
Atualmente, a Marinha norte-americana conta com nove navios de combate litoral (LCS, na sigla em inglês), outros cinco estão sendo construídos.
Durante a curta operação da embarcação, surgiu um defeito na engrenagem combinada da transmissão do navio, um mecanismo complexo de engrenagens que transfere a potência dos motores para o sistema de propulsão. Apesar de sofrer avarias isoladas, elas foram reconhecidas como sistêmicas.
Para que o problema seja resolvido, será necessário fazer investimentos significativos, bem como a remodelação do projeto completo do navio. Por este motivo, a Marinha dos EUA decidiu interromper o fornecimento das novas embarcações.
As primeiras avarias, que surgiram durante seu comissionamento, podiam ser explicadas por ser um projeto novo, contudo, os navios de série também apresentaram constantes falhas.
Porta-aviões da Marinha dos EUA sofre explosãohttps://t.co/rXVbRcn7mg pic.twitter.com/d8q3aW6x66
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Por exemplo, em 2015, o USS Milwaukee, estimado em mais de US$ 360 milhões (R$ 1,9 bilhão), falhou durante sua primeira transição entre o estaleiro e um porto doméstico. Na ocasião, a embarcação teve de ser rebocada e arrastada de volta à doca.
Posteriormente, uma investigação indicou que lascas de metal haviam entrado no sistema de filtro de óleo e, consequentemente, chegado a um dos motores da embarcação. Quando o navio tentou elevar sua velocidade a aproximadamente 70 quilômetros por hora, o sistema emperrou, fazendo com que perdesse completamente a velocidade.
Um mês depois, o motor do USS Fort Worth também sofreu um colapso, desta vez no oceano Pacífico. Contudo, a embarcação já estava operando há quatro anos em exercícios e operações de resgate.
Na ocasião, o incidente ocorreu devido a uma manutenção inadequada, que resultou na perda de óleo. Além do atraso, a manutenção da embarcação exigiu milhões de dólares.
Combatentes universais
O programa de navios costeiros multifuncionais iniciou nos anos 2000, envolvendo a criação de diversas embarcações pequenas, rápidas e manobráveis para missões de vigilância e reconhecimento.
Em 2030, estava prevista a transferência de aproximadamente 60 navios de combate litoral. O navio-insígnia Freedom foi lançado em 2005, entrando em serviço três anos depois.
Estas embarcações são fabricadas através de uma estrutura modular, podendo substituir algumas de suas partes, de acordo com a missão. Por exemplo, os suportes de artilharia podem ser substituídos por suporte de mísseis.
Marinha dos EUA notificou a Lockheed Martin de que o serviço não aceitaria mais a entrega de navios da classe Freedom até a empresa resolver o referido problemahttps://t.co/kAjYttk0Xy
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Em questão de horas, a embarcação pode se transformar em um destróier, navio de apoio ou antissubmarino, segundo seus desenvolvedores. Porém, isso não aconteceu na realidade.
Isso porque esta solução dificulta o projeto, além de reduzir a resistência de seu casco. Vale destacar que a substituição de qualquer bloco é algo que requer um trabalho considerável.
Há dois tipos de navios de combate litoral: o trimarã monocasco clássico e o trimarã de alumínio e casco triplo. Ambos possuem as mesmas características, podendo transportar 50 tripulantes, com um deslocamento de aproximadamente três mil toneladas.
Contudo, a principal característica deste tipo de navio é sua alta velocidade, podendo chegar a 83 quilômetros por hora, caso turbinas a gás sejam instaladas na embarcação, porém estas características ficam apenas no papel.
Falha no sistema
Especialistas norte-americanos admitem que o projeto foi um fracasso, chamando o navio de combate litoral de "lixo flutuante" devido à incapacidade de ser implantado rapidamente.
De uma forma ou de outra, a Marinha norte-americana optou por descontinuar as quatro primeiras amostras devido ao custo elevado de manutenção e modernização.
O programa de navios de combate litoral não é o primeiro a fracassar. Anteriormente, o destróier da classe Zumwalt, que tinha como função eliminar com alta precisão as ameaças em qualquer parte do oceano, também falhou.
Estimava-se a construção de 32 navios desta classe, equipados com tecnologia de última geração, contudo, em sua primeira aventura, o Zumwalt atracou no canal do Panamá, depois que seus motores ficaram inundados com água do mar.
Após anos de mudança de planos quanto ao seu armamento, a Marinha dos EUA recebeu finalmente o destróier Zumwalt
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Seu custo seguiu crescendo continuamente, custando aproximadamente US$ 7 milhões (R$ 37 milhões), fazendo com que o país optasse pela construção de apenas três navios Zumwalt, que não operam totalmente, devido aos altos custos.
Atualmente, especialistas norte-americanos estão preocupados com o possível desenvolvimento do promissor destróier DDG Next.
A embarcação deverá contar com um novo complexo de fornecimento de energia, equipamentos de guerra eletrônica, armas laser e hipersônicas, radares de longo alcance e sistemas de defesa antiaérea.
Contudo, os especialistas acreditam ser difícil dizer se a Marinha dos EUA se sairá bem, já que os últimos projetos foram um grande fracasso para os construtores navais norte-americanos.