A informação foi anunciada durante coletiva de imprensa pelo general Tod Walters, chefe do Comando Europeu (EUCOM, na sigla em inglês), nesta quarta-feira (3).
"Há muitas consultas em andamento. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, está neste momento conduzindo uma revisão muito completa", disse Walters a repórteres durante a coletiva de imprensa.
O comandante do EUCOM destacou que Austin receberá conselhos da liderança civil e militar ao considerar questões como a retirada das tropas norte-americanas da Alemanha.
Em julho de 2020, o governo dos EUA confirmou os planos de reduzir sua presença militar na Alemanha. O governo do ex-presidente Donald Trump chegou a anunciar a retirada de 12 mil soldados norte-americanos no país.
Alguns analistas viram o movimento do governo Trump como uma punição pelo suposto fracasso de Berlim em alocar 2% de seu orçamento para defesa, de acordo com os regulamentos da OTAN. A estratégia seria uma forma de pressionar os governos tanto da Alemanha como dos demais membros da aliança militar a ampliarem seus gastos na Defesa.
Conforme publicou no domingo (28) a agência de notícias AP, o governo alemão espera que a ordem de Trump seja revertida pela administração Biden. O Ministério da Defesa alemão chegou a afirmar que o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, considera a Alemanha "altamente valorizada como localização" e que os soldados dos EUA "se sentem muito confortáveis" no país.
No total, cerca de 34,5 mil soldados dos EUA permanecem em território alemão em instalações militares consideradas importantes. É o caso da Base Aérea de Ramstein, do quartel-general do Comando Europeu e também do Comando da África (AFRICOM, na sigla em inglês).