Uma lente gravitacional é formada devido a uma distorção no espaço-tempo causada pela presença de um corpo de grande massa entre um objeto e o observador. Elas foram previstas na teoria da relatividade geral de Albert Einstein antes de serem observadas pelos telescópios.
Todas as lentes foram descobertas graças ao uso de uma forma de inteligência artificial conhecida como redes neurais residuais profundas e são consideradas candidatos fortes, ou seja, exibem efeitos de lente muito visíveis.
As lentes gravitacionais permitem aos astrônomos explorar as questões mais profundas do Universo, incluindo a natureza da matéria escura e o valor da constante de Hubble que define a expansão do Universo.
Estes fenômenos nos podem fornecer informações sobre a contribuição da matéria escura naqueles objetos distantes e refletidos, uma vez que apenas podemos evidenciar a matéria escura através de seus efeitos gravitacionais na matéria visível.
Isso pode ajudar a desvendar um dos maiores mistérios do Universo, sendo que a matéria escura é responsável por cerca de 85% da massa total do Universo, escreve portal Phys.org.
Estas lentes são difíceis de detectar – os cientistas do Laboratório Berkeley estimam que apenas uma em cada 10.000 galáxias mostram evidências de lentes gravitacionais fortes, é por isso que a descoberta de 1.200 lentes é tão importante.
"Na verdade, pensei que passariam muitos anos antes que alguém encontrasse tantas lentes gravitacionais. É simplesmente incrível saber que você está vendo, muito claramente, o próprio espaço sendo deformado por um objeto maciço", disse David Schlegel, físico do Laboratório Berkeley que participou do estudo que está disponível no portal de pré-impressão arXiv.