No mesmo dia em que foi divulgado que a venda de remédios sem eficácia contra a COVID-19 disparou no Brasil, inclusive com a ivermectina apresentando um salto de 557%, a farmacêutica Merck disse que não há base científica para um potencial efeito terapêutico contra a COVID-19 de acordo com estudos pré-clínicos, escreve o jornal Estado de São Paulo.
"Não acreditamos que os dados disponíveis suportem a segurança e eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora", afirmou a empresa.
O medicamento é um antiparasitário, indicado apenas para combater vermes, ácaros e parasitas, em casos como os de sarna e elefantíase https://t.co/adPC5A5h10
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 4, 2021
A empresa acrescentou também que não há evidência significativa de eficácia clínica em pacientes com a doença (COVID-19). A farmacêutica ainda pontuou que há uma preocupante ausência de dados sobre segurança da substância nesse contexto na maior parte dos estudos.
A recomendação original de uso da ivermectina presente em bula é voltada para tratamento de infecções causadas por parasitas.
No Brasil, o governo federal lançou o aplicativo TrateCOV, do Ministério da Saúde, para orientar o enfrentamento do coronavírus. O aplicativo recomenda o uso da ivermectina, além de outros medicamentos sem eficácia comprovada como a cloroquina. Porém, após denúncias, o serviço on-line do Ministério saiu do ar.