Condenado nesta quinta-feira (4), o diplomata Assadollah Assadi e três outros cúmplices foram julgados por tentativa de assassinato de carácter terrorista, escreve a Rádio França Internacional.
No entendimento da Justiça belga, Assadollah Assadi seria o principal responsável por um plano que envolvia um atentado na França contra uma reunião de opositores ao governo de Teerã.
Essa tentativa de atentado foi neutralizada pelas forças de segurança da Bélgica há três anos.
União Europeia analisa implicações da sentença contra diplomata
O diplomata iraniano nega as acusações e esteve ausente no pronunciamento da sentença. Seu advogado indicou que provavelmente vai interpor recurso da sentença. Assadollah Assadi figura atualmente na lista antiterrorista da União Europeia.
O que diz o Irã
O governo de Teerã havia dito mesmo antes da sentença que não reconhecia os atos do tribunal belga, que não tem legitimidade por causa da imunidade diplomática de Assadollah Assadi.
De acordo com informações do portal Press TV, o Ministério das Relações Exteriores do Irã condenou veementemente a prisão contra o diplomata, dizendo que ela é totalmente ilegal e resultado da queda do país europeu sob a influência de um culto terrorista anti-Irã.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, repetiu a afirmação de Teerã de que todos os procedimentos que haviam sido iniciados até agora contra o diplomata, seja sua prisão, o caso movido contra ele, ou mesmo a condenação, eram todos "ilegais" e constituíam "violação flagrante do direito internacional, incluindo a Convenção de Viena de 1961 sobre relações diplomáticas".
"A República Islâmica não reconhece nenhum desses procedimentos", acrescentou Khatibzadeh.
"A República Islâmica do Irã se reserva ao direito de recorrer a todos os meios legais e diplomáticos possíveis para promover os direitos de Assadollah Assadi e responsabilizar os Estados que violaram suas obrigações internacionais", disse ele.