A informação já havia sido adiantada na quarta-feira (3), e foi confirmada pelo ministro uruguaio nesta quinta-feira (4), garantindo que a vigilância sobre possíveis variantes no país continuará.
Se identificó el ingreso de una variante denominada P.2 procedente de Brasil. Asimismo el Laboratorio de Salud Pública Sección Virologia Dr. Chiparelli, continúa con la vigilancia luego de la capacitación con Seccion Virologia de Fac. Ciencias.
— Daniel Salinas (@DrDanielSalinas) February 4, 2021
Foi detectada a entrada [no Uruguai] de uma variante denominada P.2 [do novo coronavírus] originária do Brasil. Dessa forma, o Laboratório de Saúde Pública, Seção de Virologia Dr. Chiparelli, continua com a vigilância após o treinamento com a Seção de Virologia da Faculdade de Ciências.
Em janeiro uma nova cepa do coronavírus foi identificada no Japão após testes em quatro viajantes que passaram pelo Brasil. A variante do vírus teria vindo de Manaus, no Amazonas, que no mesmo mês viu o colapso de seu sistema local de saúde com a escassez de oxigênio nos hospitais.
O Reino Unido também anunciou, em dezembro de 2020, a detecção de uma variante do novo coronavírus no país, acrescentando que a cepa pode ser até 70% mais transmissível do que outras variantes do SARS-CoV-2, o vírus que causa a COVID-19.
Uma cepa mutante do vírus também foi descoberta na África do Sul, em outubro do ano passado, e agora é a variante mais difundida no país africano. Assim como a cepa do Reino Unido, a sul-africana é mais transmissível, mas ainda não foi confirmada como mais patogênica.
Em vista da descoberta de novas variantes do vírus causador da COVID-19, diversos países fecharam suas fronteiras para a entrada de viajantes e voos que passaram por Reino Unido, África do Sul e Brasil.
O Uruguai é um dos países sul-americanos que mais conseguiu reduzir o impacto da pandemia sobre sua população. Segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, o Uruguai tem 43.215 casos confirmados da COVID-19 e 464 mortes causadas pela doença. Já o Brasil é um dos países mais afetados pela disseminação do SARS-CoV-2, com mais de 9,3 milhões de casos e 227,5 mil mortes.