Na quinta-feira (4), a China testou com sucesso sua capacidade de repelir míssil em sua direção, passando a ser o segundo país a conseguir fazê-lo depois dos EUA, relata o jornal South China Morning Post.
Ainda não foram revelados mais detalhes do teste de interceptação, que ocorreu um dia após o presidente norte-americano, Joe Biden, ter aprovado a extensão do importante tratado START com a Rússia, jurando incluir Pequim no processo de controle de armas e redução de riscos associados.
No entanto, apesar das declarações do Ministério da Defesa chinês, uma fonte próxima do Exército de Libertação Popular (ELP) da China, que pediu anonimato à mídia, sugeriu que o teste de interceptação de míssil balístico pudesse ter intenção de mandar um aviso à Índia. A mesma fonte, porém, acrescenta que a tecnologia antibalística chinesa "ainda não consegue repelir misseis nucleares vindos dos EUA e da Rússia, uma vez que ainda existe uma certa distância entre o ELP e os dois gigantes nucleares".
O sistema de defesa recentemente testado foi programado para repelir mísseis balísticos intercontinentais vindos de fora da atmosfera terrestre, contribuindo para um estrago colateral menor quando os mísseis inimigos atingirem o solo. Esta tecnologia poderá interceptar armas que mantenham uma trajetória estável e previsível.
No que toca a altitudes elevadas, são requeridas múltiplas plataformas de reconhecimento e de aviso prévio, tanto no espaço, como no mar e no solo. Não obstante, esta tecnologia ainda se encontra em desenvolvimento, pelo que quando estiver concluída, poderá mudar o equilíbrio de dissuasão nuclear no mundo.