Jaafari afirmou, em uma sessão virtual do Conselho de Segurança da ONU, que o Ocidente estaria usando a organização e o dossiê químico de supostos ataques químicos na Síria "como uma arma na guerra imposta à Síria, utilizando-a para pressão política e para chantagem", afirmando que o Ocidente nunca esteve "satisfeito com seus crimes e mentiras, cuja natureza foi escondida de todo o mundo".
"A Síria se juntou à OPAQ em 2013, e tem se envolvido em séria cooperação com os mecanismos relevantes da ONU e da OPAQ, bem como seu Secretariado Técnico [...] pelo que a Síria já não possui nenhuma arma ou substância química, bem como suas instalações de produção, desde 2014", denotou o embaixador, citado pela agência de notícias SANA na quinta-feira (4).
No entanto, de acordo com Jaafari, os governos ocidentais parecem "preferir continuar negando esta verdade fixa", e assim continuar culpando a nação árabe em causa por qualquer suposto ataque químico durante o conflito.
Bashar Jaafari reiterou suas declarações condenatórias às tentativas de fazer passar uma resolução na Conferência de Estados-membros na qual, alegadamente, a Síria estaria caraterizada como "não complacente" com suas obrigações sob a Convenção das Armas Químicas. O embaixador sírio, por sua vez, considerou que tal resolução, ou algo idêntico, seria um ato político hostil que acusaria a Síria de utilizar armas químicas e, de igual modo, de "absolver terroristas que, repetidamente, lançaram ataques de tal natureza".
Vale destacar que o embaixador russo na Organização das Nações Unidas, Vasily Nebenzya, foi mais um a apelar aos membros do Conselho de Segurança para rever o dossiê químico da Síria de maneira objetiva, notando que o país árabe está pronto para compactuar com a Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ).