Um tribunal em Antuérpia, na Bélgica, condenou o diplomata iraniano Assadollah Assadi a 20 anos de prisão, após ter sido considerado culpado por planejar ataque com bomba em Paris em junho de 2018. Supostamente, o ataque deveria acontecer enquanto decorreria o Conselho Nacional de Resistência ao Irã, um grupo dissidente exilado, informa o Business Insider.
Assadi e outros três réus, alguns com dupla cidadania europeia, foram julgados após as polícias francesa, alemã e belga terem desvendado plano deles ao apreenderem explosivos que os julgados estariam transportando.
"Assadi é parte da Força Quds", informou um oficial da Inteligência belga sob anonimato, que trabalha disfarçado de diplomata no Oriente Médio. A Força Quds é uma extensão do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica.
"Coletamos inteligência explícita, provando que Assadi foi responsável por operações contra dissidentes iranianos na Europa, aproveitando-se de seu posto em Viena para base de operações", sendo esta a razão por que os procuradores não consideraram imunidade diplomática para Assadi.
"Porém, nossa certeza sobre seu papel poderá confirmar que os iranianos verão a prisão de Assadi como algo além da aplicação da lei comum, podendo entender o que está se passando antes como uma operação contra os iranianos, pelo que poderiam responder de forma agressiva, tal como Assadi nos ameaçou", citado pela mídia.
O militar belga contou ao Business Insider que a segurança em determinadas zonas da Europa será examinada, e em alguns casos até aumentada. Cidadãos belgas vivendo no Líbano, Iraque, e em outras partes do golfo Pérsico já foram informados sobre possíveis ameaças à sua segurança.
De igual modo, oficiais de inteligência já se encontram preparados para um possível aumento de sequestros de cidadãos estrangeiros vivendo no Irã.
Perante tais ameaças, um ex-militar de inteligência israelense advertiu que "os iranianos nunca blefam com coisas como essa".