De acordo com a Defense News, as duas vendas consistiriam em três mil "bombas de pequeno diâmetro" GBU-39 Stormbreaker, fabricadas pela Boeing, no valor de US$ 290 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão), e de uma venda direta da Raytheon de sete mil bombas inteligentes Paveway IV, no valor de US$ 478 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bilhões).
"Estamos terminando todo o apoio americano às operações ofensivas na guerra no Iêmen, incluindo as vendas de armas relevantes", declarou o presidente Joe Biden em um discurso na quinta-feira (4). "Ao mesmo tempo, a Arábia Saudita enfrenta ataques de mísseis, ataques de veículos aéreos não-tripulados, entre outras ameaças vindas de forças apoiadas pelo Irã em vários países. Vamos continuar apoiando e ajudando a Arábia Saudita a defender sua soberania e integridade territorial e seu povo."
Em outras palavras, as vendas de armas em geral à monarquia árabe não estão canceladas ou proibidas. No entanto, não está claro a quem Biden se está referindo como responsáveis pelos ataques contra as forças sauditas. Um porta-voz da Casa Branca contou à Defense News que o apoio dos EUA às operações ofensivas contra o Daesh e Al-Qaeda (organizações terroristas proibidas na Rússia e em outros países) na península arábica continuaria.
Vale relembrar que a participação da Arábia Saudita na guerra no Iêmen teve início em 2015, quando os houthis lideraram protestos em massa contra reformas que, supostamente, amplificariam a pobreza no país, um dos mais pobres do mundo.