Deflagrada em julho de 2019, a Operação Spoofing prendeu os hackers suspeitos de invadir os celulares do ex-juiz Sergio Moro e de integrantes da operação Lava Jato. Na ocasião, o grupo vazou conversas pessoais entre procuradores e o então juiz responsável por analisar o processo do ex-presidente Lula.
Em 28 de janeiro, a revista Veja publicou trechos destas mensagens. Para o senador Renan Calheiros, "os diálogos entre Moro, Dallagnol e o Santo Ofício de Curitiba desvendaram um pântano de transgressões", afirmou em uma rede social.
Os diálogos entre Moro, Dallagnol e o Santo Ofício de Curitiba desvendaram um pântano de transgressões. Vou apresentar um projeto para anistiar os hackers que desvendaram a patifaria. A contribuição para democracia justifica tirá-los da cadeia e inclui-los no Panteão da Pátria.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) February 7, 2021
Na última segunda-feira (1º), por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, foi retirado o sigilo sobre uma perícia de 50 páginas de diálogos entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato.
Segundo o conteúdo das mensagens, Moro e alguns procuradores teriam cometido irregularidades durante o processo contra o ex-presidente. As provas obtidas pela Operação Spoofing estão em posse da Polícia Federal.
Vale lembrar que, na última quarta-feira (3), o Ministério Público Federal (MPF) informou que a célebre força-tarefa da Lava Jato no Paraná deixou de existir. Segundo comunicado do MPF, a operação no Paraná passou a integrar o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Ainda de acordo com o MPF, a operação conduziu a "maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil", que revelou "a prática de delitos relacionados à organização criminosa, evasão de divisas, falsidade ideológica, corrupção de funcionários públicos, tráfico de drogas, peculato e lavagem de capitais".