Nesta segunda-feira (8), durante uma entrevista para CNN, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que nas condições atuais apoia as Colinas de Golã pertencerem a Israel por uma questão de segurança, mas lançou dúvidas sobre a legalidade da soberania israelense no platô estratégico, segundo o The Times of Israel.
"Enquanto Bashar al-Assad estiver no poder na Síria, enquanto o Irã estiver presente na Síria, [enquanto houver] grupos de milícias apoiados pelo Irã, tudo isso, representa uma ameaça significativa à segurança de Israel e o controle de Golã nessa situação continua sendo de real importância para sua segurança", disse o secretário de Estado citado pela mídia.
No entanto, Blinken indicou que no futuro, os Estados Unidos poderiam estar abertos para reexaminar essa posição afirmando que "as questões jurídicas são outra coisa. E com o tempo, se a situação mudar na Síria, é algo que olharíamos", fazendo menção à soberania de Israel no platô estratégico.
Secy. of State Antony Blinken on whether the US will continue to recognize Israeli sovereignty over the Golan Heights: "Leaving aside the legalities of that question, as a practical matter, the Golan is very important to Israel's security as long as Assad is in power in Syria" pic.twitter.com/yHQBr7FvgP
— The Situation Room (@CNNSitRoom) February 9, 2021
Secretário de Estado Antony Blinken sobre EUA continuarem a reconhecer a soberania israelense sobre as Colinas de Golã: "Deixando de lado a legalidade dessa questão, como uma questão prática, o Golã é muito importante para a segurança de Israel enquanto Assad estiver no poder na Síria".
A posição sobre o assunto do novo secretário é bem diferente da defendida pelo seu antecessor, Mike Pompeo, o qual afirmou durante uma visita às Colinas em novembro do ano passado que "não se pode ficar aqui olhando o que está além da fronteira e negar algo central que o presidente Donald Trump reconheceu […]. Esta é uma parte de Israel, uma parte central do país", disse o ex-secretário citado pela mídia.
Embora Blinken tenha se distanciado da posição da administração Trump sobre a região, ele reiterou que não haveria mudanças em Jerusalém e se recusou a se comprometer com o apoio dos EUA para uma capital palestina, segundo a mídia.
O secretário também deixou claro que a nova administração continua a considerar Jerusalém capital de Israel, e não tem intenção de transferir a embaixada dos EUA de volta para Tel Aviv, como era antes do ex-presidente, Donald Trump, realizar a transferência em 2017.