Após a divisão do PSDB em relação à eleição da Câmara, Doria disse não pode ter dissidências internas e quem pensa diferente da cúpula do PSDB deve deixar o partido.
"Pedi o afastamento [de Aécio]", afirmou o governador, citado pelo portal G1.
Na segunda-feira (8), Doria se reuniu com lideranças do PSDB para discutir o apoio de parte da bancada do partido na eleição da presidência da Câmara dos Deputados que resultou na vitória do deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.
O governador de São Paulo disse que pediu o afastamento de Aécio Neves durante a reunião. Aliados de Doria disseram que Aécio foi responsável por uma articulação nos bastidores para a eleição de Lira que concorria com o deputado Baleia Rossi (DEM) e era o favorito dos tucanos na disputa.
"Entendo que o PSDB não deve abrir espaço para ações desse tipo. O PSDB é um partido com direcionamento e com uma posição, embora possa ter discussões debates, isso faz parte do processo de qualquer partido. Mas você não pode ter dissidências", disse Doria.
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Doria participou de uma agenda de ampliação do Metrô paulista e afirmou que filiados ao PSDB devem defender a vida, a democracia, saúde e do meio ambiente.
"Deputados ou senadores, ou quem quer que seja filiado ao PSDB defendendo o oposto. Isso não é partido. Então aqueles que tem pensamento distinto, tenham dignidade, coragem e peçam para sair", declarou.
A reunião do partido contou com a presença de lideranças tucanas como o ex-senador Aloysio Nunes, entre outros, e teve a anuência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Que ele saia. É o que se espera de um parlamentar. Afinal de contas, ele foi eleito por voto popular. Então respeite o povo respeito à democracia e respeite o PSDB", completou Doria.