O relatório também sustenta que a retórica de Donald Trump, assim como sua recusa em aceitar a derrota, minaram as instituições democráticas, escreve o The Guardian.
A OSCE advertiu que os EUA têm problemas de longo prazo em fornecer direitos de voto iguais para todos. O relatório observa que a infraestrutura de votação nos Estados Unidos sofre de falta de fundos crônicos, e os US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões) extras desembolsados para lidar com o desafio foram insuficientes.

Um dos principais problemas com a eleição e suas consequências, de acordo com as conclusões, foi o presidente em exercício. "Em muitas ocasiões, o presidente Trump criou a impressão de se recusar a se comprometer com uma transferência pacífica do poder, alegando que o processo eleitoral foi sistematicamente fraudado", disse o relatório.
"Essas declarações de um presidente em exercício enfraquecem a confiança do público nas instituições do Estado e foram percebidas por muitos como um aumento do potencial de violência com motivação política após as eleições", sustenta o documento.
O relatório ODIHR não teve uma visão explícita sobre o papel de Trump no incitamento do motim no Capitólio, em 6 de janeiro.
Mas observou que em seu comício imediatamente anterior, Trump "persistiu em suas acusações de que a eleição havia sido roubada, exortando seus partidários a pressionar os representantes a anular a contagem dos votos do colégio eleitoral".