Pesquisadores descobriram uma forma de usar células-tronco humanas para criar microchips mais avançados, segundo um comunicado da Universidade de Aston, Reino Unido.
Durante o estudo, que durará três anos, e com financiamento de € 3,5 milhões (R$ 22,74 milhões), os cientistas planejam "revolucionar a tecnologia" dos dispositivos informáticos através da colocação de células semelhantes às do córtex cerebral humano em chips para verificar sua capacidade de mudar em resposta a vários feixes de luz.
"Nosso objetivo é aproveitar o poder incomparável da computação do cérebro humano para aumentar drasticamente a capacidade dos computadores de nos ajudar a resolver problemas complexos", explicou o professor David Saad.
"Acreditamos que este projeto tem o potencial de quebrar as atuais limitações de poder de processamento e consumo de energia, para gerar uma mudança de paradigma na tecnologia de aprendizagem de máquinas", disse.
É esperado que a alta "plasticidade" do cérebro leve as redes de células resultantes dos dispositivos de inteligência artificial que as usem não só a ter "demandas de energia extremamente baixas", como também a um rendimento alto.
O estudo Neu-ChiP "fornecerá novos conhecimentos sobre como o cérebro computa informações e encontra soluções", e a tecnologia "pode até mesmo ajudar a projetar interfaces homem-máquina únicas e estimulantes", defendem Jordi Soriano e Daniel Tornero, da Universidade de Barcelona, Espanha. Um dos outros objetivos da pesquisa é conseguir tratamentos baseados em células-tronco com base em novos conhecimentos sobre o cérebro humano.