O Ministério das Relações Exteriores da China criticou na quarta-feira (10) a postura de David Vigneault, diretor do Serviço Canadense de Inteligência de Segurança (CSIS, na sigla em inglês), que acusou Pequim de fazer um ataque "em todas as frentes" contra o Canadá.
"Rejeitamos essas afirmações, que não têm base fatual", disse Wang Wenbin, porta-voz da chancelaria chinesa, em coletiva de imprensa.
"Exortamos alguns políticos canadenses a abandonar a mentalidade da Guerra Fria e o preconceito ideológico, a parar com ataques difamatórios não provocados à China, a parar de espalhar comentários alarmistas, a fazer mais coisas que sejam propícias às relações sino-canadenses, e a fazer mais coisas que sejam propícias ao aumento da confiança mútua entre a China e o Canadá", comentou.
O diplomata chinês afirmou que a China defende o princípio da não interferência, e que nunca vai "prender arbitrariamente um cidadão de um país terceiro a mando de uma potência estrangeira", em provável referência a Meng Wanzhou, detida no Canadá em 1º de dezembro de 2018 por pedido dos EUA.
"O governo da China [...] está buscando uma estratégia de vantagem geopolítica em todas as frentes – econômica, tecnológica, política e militar, e utilizando todos os elementos do poder estatal para realizar atividades que são uma ameaça direta à nossa segurança e soberania nacional", declarou Vigneault na terça-feira (9) em comunicado.
Wenbin disse que Pequim está seguindo um caminho diferente.
"A China está comprometida com um caminho de desenvolvimento pacífico, uma estratégia de abertura com vantagens mútuas e a construção de uma comunidade com um futuro comum para a humanidade", defende.