Alemanha planeja dar asilo a 50 membros da oposição bielorrussa

© AP Photo / Oded BaliltyMinistro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, usa máscara protetora em reunião com homólogo, em Jerusalém, Israel, 10 de junho de 2020
Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, usa máscara protetora em reunião com homólogo, em Jerusalém, Israel, 10 de junho de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 11.02.2021
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A Alemanha planeja conceder asilo a 50 membros da oposição bielorrussa e suas famílias, informou o jornal alemão Sueddeutsche Zeitung nesta quinta-feira (11), citando um documento produzido pelo Ministério do Interior do país.

As intenções do governo foram anunciadas dias após a chanceler alemã Angela Merkel reiterar, no sábado (6), o apoio de Berlim à oposição bielorrussa, dizendo que a Alemanha continuará a apoiar os meios de comunicação independentes e a facilitar o acesso a vistos e bolsas de estudo.

Conforme publicado pelo jornal, os ministérios do Interior e das Relações Exteriores da Alemanha concordaram em oferecer asilo a até 50 membros da oposição, embora cada caso seja considerado separadamente.

"A recepção [dos membros da oposição bielorrussa na Alemanha] deve começar o mais rápido possível", disse o jornal citando o documento.

Manuel Sarrazin, legislador alemão, disse ao jornal que mais de 50 membros da oposição devem ter permissão para receber asilo no país. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, disse no sábado (6) que Berlim alocaria 21 milhões de euros (cerca de R$ 136 milhões) para apoiar a oposição bielorrussa nos próximos meses.

© Sputnik / Ilia Pitalev / Acessar o banco de imagensEm Minks, manifestantes caminham durante protesto contra a reeleição do presidente do país Aleksandr Lukashenko, na Bielorrússia, em 9 de agosto de 2020.
Alemanha planeja dar asilo a 50 membros da oposição bielorrussa - Sputnik Brasil, 1920, 11.02.2021
Em Minks, manifestantes caminham durante protesto contra a reeleição do presidente do país Aleksandr Lukashenko, na Bielorrússia, em 9 de agosto de 2020.

A Bielorrússia passou por uma onda de protestos da oposição nos meses seguintes à eleição presidencial, realizada em agosto de 2020, que viu Aleksandr Lukashenko ser eleito presidente pela sexta vez.

Após as eleições, várias figuras proeminentes da oposição, incluindo a ex-candidata presidencial Svetlana Tikhanovskaya, fugiram do país, e a União Europeia impôs sanções contra funcionários do governo bielorrusso.

Lukashenko alega que os protestos da oposição são coordenados do exterior e exige que outros países se abstenham de interferir nos assuntos internos da Bielorrússia.

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