A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa na cidade de Alcântara, no Maranhão, onde Bolsonaro participou de uma cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural.
"Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir... Com toda a certeza, pode não ser, a partir de março. Três a quatro meses, está sendo acertado com o Executivo e o Parlamento também porque temos que ter responsabilidade fiscal", afirmou Bolsonaro.
De acordo com o Valor Econômico, a projeção feita pela equipe econômica do governo federal é de que o valor do auxílio emergencial será de R$ 200,00. No Congresso, há tentativas de aumentar o valor.
A declaração de Bolsonaro acontece um dia depois de o presidente ter afirmado, em fala sobre o retorno do auxílio emergencial, que não há dinheiro no "cofre" do governo, e sim "endividamento".
Descartada inicialmente, a prorrogação do auxílio emergencial é uma questão central do início de 2021 tanto para Jair Bolsonaro como para o novo presidente da Câmara, Arthur Lira. O benefício é visto como fundamental para o sustento de milhões de famílias no Brasil e para a recuperação da economia do país.
Também nesta quinta-feira (11), Lira disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, precisa encontrar uma "solução" para o pagamento do auxílio emergencial.
'Não justifica qualquer reclamação', diz Bolsonaro ao Maranhão
Na mesma oportunidade, em Alcântara, Bolsonaro disse que o estado do Maranhão não tem motivos para a "reclamação" sobre a falta de leitos para a COVID-19.
"No ano passado, o governo federal dispensou R$ 18 bilhões para o estado do Maranhão. Desses R$ 18 bilhões, R$ 1,3 bilhão foi para saúde. E R$ 190 milhões foram exclusivamente para leitos de UTI. Então não justifica qualquer reclamação de não haver leitos de UTI para atender os irmãos maranhenses", declarou Bolsonaro.
Nesta segunda-feira (8), o governo do Maranhão entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o governo Federal reabilite leitos de unidade de terapia-intensiva que teriam sido fechados ao longo da pandemia da COVID-19.