A decisão foi tomada nesta quinta-feira (11) pela Suprema Corte de Londres. Na decisão, a Corte afirmou que Markle tinha uma "expectativa razoável" de que o conteúdo da carta permanecesse privado. Partes da carta, supostamente enviada em 2018, apareceram no Mail on Sunday um ano depois.
"A carta revelou seus pensamentos e sentimentos íntimos; eram questões pessoais, não questões de legítimo interesse público; ela tinha uma expectativa razoável de que o conteúdo permanecesse privado e não fosse publicado para o mundo por um jornal nacional", disse a Corte, na decisão.
Em um comunicado divulgado pela mídia do Reino Unido, Markle celebrou a decisão, acusando o Mail on Sunday de conduzir práticas "desumanizantes".
"Depois de dois longos anos de litígio, sou grata aos tribunais por responsabilizarem a Associated Newspapers e o Mail on Sunday por suas práticas ilegais e desumanizantes", diz o comunicado. A Associated Newspapers é o conglomerado de mídia que controla o Mail on Sunday.
"Para mim e tantos outros, é vida real, relacionamentos reais e tristeza muito real. O dano que eles causaram e continuam a causar é profundo. [...] O mundo precisa de notícias confiáveis, verificadas e de alta qualidade. O que o Mail On Sunday e suas publicações parceiras fazem é o oposto", disse o comunicado de Markle, conforme publicado pela AFP.
Meghan Markle e o príncipe Harry se casaram em maio de 2018. Depois de Markle ficar "cada vez mais frustrada" com sua vida como duquesa, o casal resolveu renunciar aos privilégios da família real britânica em janeiro de 2020. No mesmo mês, Harry e Markle também deixaram de usar o título "alteza real".