Com um controle estilo arcade para direcionar um cursor na tela, cientistas conseguiram ensinar quatro porcos a jogar videogame. Os pesquisadores afirmaram que o fato de os animais entenderem a conexão entre o joystick e o jogo "não é pouca coisa". Os resultados foram publicados na quarta-feira (11) na revista científica Frontiers in Psychology.
"Não é pouca coisa para um animal entender o conceito de que a ação que está realizando está tendo efeito em outro lugar. O fato de os porcos poderem fazer isso em qualquer grau deve nos dar uma pausa para saber o que mais eles são capazes de aprender e como tal aprendizado pode impactá-los", afirma Candace Croney, autora principal do estudo em comunicado.
O estudo envolveu dois porcos Yorkshire e dois miniporcos. Os quatro animais foram treinados para se aproximar e manipular o joystick com o focinho na frente de um monitor de computador durante a primeira fase do experimento. Em seguida, foram ensinados a jogar um videogame no qual o objetivo era mover o cursor usando o joystick em direção a quatro alvos.
Study shows pigs can be trained to play video games https://t.co/hKqFFFhnBt pic.twitter.com/k3jok2YtJp
— TechSpot (@TechSpot) February 11, 2021
Estudo mostra que porcos podem ser treinados para jogar videogame
Os porcos obtiveram resultados bem acima do acaso, indicando que os animais entenderam que o movimento do joystick estava conectado ao cursor na tela do computador. O fato de que esses animais sem polegares opositores tiveram sucesso na tarefa é "notável", de acordo com os pesquisadores.
"Este tipo de estudo é importante porque, como acontece com qualquer ser senciente, a forma como interagimos com os porcos e o que fazemos com eles tem impacto e importância para eles […]. Portanto, temos a obrigação ética de entender como os porcos adquirem informações e o que são capazes de aprender e lembrar, porque isso tem implicações em como eles percebem suas interações com a gente e com seus ambientes", comenta Croney.
O mesmo tipo de experimento foi realizado com chimpanzés e macacos, que têm a vantagem dos polegares opositores e eles foram capazes de atender a requisitos muito mais elaborados dos pesquisadores.