Anteriormente, o médico informou que deixou de se coletar o plasma anticoronavírus das pessoas que tiveram forma grave da COVID-19. No momento, o material está sendo coletado apenas após infecção leve ou sem sintomas. Segundo o especialista, agora a maioria de doadores do plasma são pessoas recuperadas da forma leve ou assintomáticas que mostram altos níveis de anticorpos.
"Prescrever a transfusão de plasma com anticorpos contra a COVID-19 cedo demais, quando não é certo qual será o cenário em que decorrerá a doença, ou seja, em pacientes que têm a doença na forma leve, é incorreto. Deve-se entender como o paciente reage. Prescrever tarde demais, quando o paciente já está no ventilador pulmonar ou tem a doença há mais de dez dias, também é mau. Neste caso, o plasma já não funcionará. É necessário pegar essa 'janela', quando a doença já está progredindo, mas os anticorpos ainda faltam", explicou o médico russo.
Entretanto, o especialista notou que a maioria dos infectados conseguem lidar com o coronavírus sozinhos.
"Nossa intervenção é requerida apenas nos [pacientes] que desenvolvem um cenário desfavorável: febre contínua, lesões pulmonares progressivas, baixo teor de anticorpos", adicionou Kostin.
Agora, especialistas de todo o mundo estão desenvolvendo tratamentos contra a COVID-19. Entre as melhores medidas de terapia de suporte está a oxigenoterapia para pacientes com forma grave da infecção, bem como o apoio intensivo da função respiratória nos pacientes em estado crítico.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a dexametasona pode reduzir o prazo de ventilação artificial, enquanto a tomada de tais medicamentos como remdesivir, hidroxicloroquina, lopinavir/ritonavir ou interferon demonstra pouca ou nenhuma eficácia no tratamento da COVID-19. A OMS não recomenda automedicação com quaisquer remédios, incluindo antibióticos, para prevenção da infecção ou tratamento de seus sintomas.