O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, denunciou seu gabinete por falta de inovação e "estratégias inteligentes" na elaboração de metas para um novo plano econômico de cinco anos e disse que país enfrenta a pior de todas as crises, informou a agência estatal KCNA.
Kim "enfatizou a importância de fortalecer a supervisão legal e o controle sobre o estabelecimento e o processo executivo do plano econômico nacional" e afirmou que os promotores devem fazer mais para garantir que o plano econômico seja executado corretamente e "encenar uma forte luta legal para verificar todos os tipos de práticas ilegais reveladas nas atividades econômicas", reporta a agência Associated Press citando a KCNA. Kim acrescentou que "todos os setores e unidades devem obedecê-los incondicionalmente".
O Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte encerrou sua reunião plenária de quatro dias na quinta-feira (11), onde o líder norte-coreano também mapeou sua visão para assuntos intercoreanos e relações com outros países, bem como regras partidárias e questões pessoais.
A AP diz que Kim enfrenta o que parece ser a crise mais difícil de seu governo de nove anos, já que a economia já conturbada foi atingida por fechamentos de fronteira, por causa da pandemia do novo coronavírus, o que ocasionou a redução drástica do comércio externo. Além disse, uma onda de desastres naturais em meados do ano passado e as sanções norte-americanas não facilitaram a vida do líder norte-coreano. Durante o congresso do partido, Kim descreveu as dificuldades como as "piores de todas".
O novo plano de cinco anos concentra-se na construção de uma economia autossustentável mais forte, reduzindo a dependência das importações, fazendo mais investimentos nas indústrias de metal e química e aumentando a produção de bens de consumo.
O partido decidiu construir dez mil casas em Pyongyang este ano, substituindo um plano de construção anterior que Kim descreveu como muito baixo e um produto de "autoprotecionismo e derrotismo" da burocracia.
A mídia estatal não menciona os EUA e os impasses com relação ao plano nuclear da Coreia do Norte. Durante o congresso de janeiro, Kim revelou uma série de armas sofisticadas em desenvolvimento e prometeu aumentar seu arsenal nuclear para lidar com o que chamou de hostilidade intensificada dos EUA. O líder norte-coreano disse na ocasião que o destino das relações entre a Coreia do Norte e os EUA depende de Washington.