Durante um estudo clínico de fase I realizado em Israel, o primeiro a testar o medicamento em humanos, os cientistas assinalaram que 29 dos 30 pacientes que receberam o spray nasal, todos com casos entre moderados e graves da doença causada pelo novo coronavírus, receberam alta médica entre três e cinco dias depois do tratamento.
O estudo, no entanto, está apenas em fase inicial, e não foram feitas pesquisas com base no padrão-ouro dos ensaios clínicos, que consistem em testes controlados, randomizados e de duplo-cego, para avaliar a eficácia do medicamento contra a COVID-19.
- EXO-CD24 é um spray nasal desenvolvido pelo Centro Médico Ichilov de Israel, com eficácia próxima de 100% (29/30), em casos graves, contra a Covid.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 15, 2021
- Brevemente será enviado à ANVISA o pedido de análise para uso emergencial do medicamento. pic.twitter.com/BldSkzYZo0
Na última sexta-feira (12), o presidente brasileiro já havia anunciado nas redes sociais que o Brasil estaria disposto a realizar um ensaio clínico com a droga experimental, após uma conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
- Conversei há pouco com o Primeiro-Ministro de Israel, @netanyahu . Dentre outros assuntos, tratamos da participação do Brasil na 3ª fase de testes do spray EXO-CD24, medicamento israelense que, até o momento, vem obtendo grande sucesso no tratamento da covid-19 em casos graves.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 12, 2021
Hoje (15), Bolsonaro reforçou seu interesse em testar o medicamento experimental no país, após uma segunda conversa com Netanyahu ontem (14), e acrescentou que enviaria em breve um pedido de análise à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o uso emergencial do spray nasal.
A agência reguladora, por sua vez, não confirmou se o pedido de uso emergencial ou de realização de testes clínicos foi recebido, segundo o jornal Folha de São Paulo.
O medicamento EXO-CD24 consiste em um spray nasal cujo objetivo é impedir uma reação exacerbada do sistema imune durante a infecção causada pelo novo coronavírus, que faz com que o organismo ataque o próprio corpo, e não o vírus.