Silveira, que já é investigado no STF por participação em atos antidemocráticos, publicou um vídeo mais cedo atacando o ministro Edson Fachin, outros membros da corte máxima da Justiça brasileira por conta de críticas feitas por Fachin à interferência de militares no Judiciário.
"Por várias e várias vezes já te imaginei (Fachin) levando uma surra. Quantas vezes eu imaginei você e todos os integrantes dessa corte aí. Quantas vezes eu imaginei você, na rua, levando uma surra. O que você vai falar? Que eu estou fomentando a violência? Não, só imaginei. Ainda que eu premeditasse, ainda assim não seria crime, você sabe que não seria crime. Você é um jurista pífio, mas sabe que esse mínimo é previsível. Então, qualquer cidadão que conjecturar uma surra bem dada nessa sua cara com um gato morto até ele miar, de preferência após cada refeição, não é crime", afirmou o parlamentar em um trecho do vídeo, no qual citou também o Ato Institucional n.º 5 (AI-5).
Polícia federal na minha casa neste momento cumprindo ordem de prisão, ilegal, do ministro Alexandre de Moraes. pic.twitter.com/vbkm6bPQah
— Daniel Silveira (@danielPMERJ) February 17, 2021
A prisão de Silveira foi determinada, em flagrante, pelo ministro Alexandre de Moraes. O processo deverá ser enviado em até 24 horas para a Câmara dos Deputados, que deverá decidir sobre a detenção do parlamentar.
"Aos esquerdistas que estão comemorando, relaxem, tenho imunidade material. Só vou dormir fora de casa e provar para o Brasil quem são os ministros dessa suprema corte. Ser 'preso' sob estas circunstâncias é motivo de orgulho", disse Silveira após ser detido pela Polícia Federal.
Logo após a determinação da prisão do deputado, o ministro Moraes entrou em contato com o presidente da Câmara, Arthur Lira, para informar sobre o caso, de acordo com o Estadão.
"Nesta hora de grande apreensão, quero tranquilizar a todos e reiterar que irei conduzir o atual episódio com serenidade e consciência de minhas responsabilidades para com a instituição e a democracia", afirmou Lira. "Mais do que nunca, o Brasil precisa de seus líderes ponderação, equilíbrio, serenidade e desarmamento de espíritos para que nossa democracia seja poupada de crises artificiais e possa cumprir sua missão mais fundamental: ajudar o povo brasileiro a superar a maior crise sanitária, social e econômica do último século."