O Irã notificou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que limitará suas inspeções, disse na segunda-feira (15) Kazem Gharib Abadi, representante de Teerã ante organizações internacionais em Viena, Áustria.
Act of Parliament will be executed on time (23 Feb) and the IAEA has been informed today to ensure the smooth transition to a new course in due time. After all, goodwill brings about goodwill!
— Gharibabadi (@Gharibabadi) February 15, 2021
A lei aprovada pelo Parlamento [iraniano] entrará em vigor nos prazos previstos (23 de fevereiro), e hoje a AIEA foi informada para assegurar uma transição suave para um novo rumo até lá. Afinal, boa vontade traz boa vontade!
Em dezembro de 2020, o Irã aprovou a Ação Estratégica para o Cancelamento de Sanções, que obriga o governo a suspender os controles alargados da AIEA sobre a atividade nuclear iraniana, a aumentar substancialmente o grau de enriquecimento de urânio, e a usar centrífugas acima do estipulado nas cláusulas do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), comumente conhecido como acordo nuclear.
Com a aprovação dessa lei, Teerã busca o cancelamento das sanções e restrições às suas exportações de petróleo e operações financeiras.
Em julho de 2015, o Irã e seis mediadores internacionais – Rússia, EUA, Reino Unido, China, França e Alemanha, assinaram o JCPOA, que impôs uma série de limitações ao programa nuclear iraniano com o objetivo de excluir sua possível dimensão militar, em troca do cancelamento das sanções internacionais.
Em maio de 2018, os EUA deixaram o acordo e começaram a impor sanções unilaterais contra o Irã com o argumento de que Teerã continuava a desenvolver armas nucleares.
Um ano depois, o Irã, em resposta, começou a reduzir gradualmente seus compromissos com o acordo nuclear.