Suspeito de assassinato de cientista iraniano tinha sido expulso das Forças Armadas

© AP Photo / Ministério da Defesa do IrãO ministro da Defesa do Irã, Amir Hatami, fala durante cerimônia fúnebre do cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi, em Teerã, Irã
O ministro da Defesa do Irã, Amir Hatami, fala durante cerimônia fúnebre do cientista nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh-Mahabadi, em Teerã, Irã - Sputnik Brasil, 1920, 16.02.2021
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Autoridade militar do Irã disse que suspeito de envolvimento na morte do cientista Mohsen Fakhrizadeh tinha sido expulso das Forças Armadas por problemas morais.

Em sua declaração, feita à agência Tasnim, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, major-general Mohammad Bagheri, disse:

"Em primeiro lugar, a pessoa mencionada pelo ministro da Inteligência passou por treinamento [militar] em 2014/2015, e foi demitido por problemas morais e vício."

Mais cedo, o ministro da Inteligência iraniano, Mahmoud Alavi, disse que o suspeito, que é apontado como o principal autor do assassinato, saiu do Irã antes da morte de Frakhrizadeh e que era um membro das Forças Armadas iranianas.

Teerã acredita que a morte do cientista nuclear foi planejada por Israel e que a operação contou com diversos agentes.

Contudo, Bagheri ressaltou que o suspeito não tinha nenhuma identidade militar, ao passo que qualquer crime que tivesse cometido estaria sob a responsabilidade do Ministério da Inteligência.

"A sociedade está debaixo da responsabilidade do Ministério da Inteligência, então era esperado que o ministro da Inteligência fosse mais cauteloso em suas declarações ao vivo à mídia, para não prover justificações aos inimigos criminosos do Irã, tais como os EUA e o falso regime sionista", ressaltou a declaração de Bagheri.

As posições entre Bagheri e Alavi apresentaram pequeno atrito no entendimento nas declarações oficiais das autoridades iranianas. Tal fato seria já o segundo desse tipo neste mês.

Na semana passada, Alavi, ao frisar que seu país não planeja o desenvolvimento de armas nucleares, também disse que o Irã poderia ser levado a adquirir tal tipo de armamento em uma situação de pressão internacional por seus adversários.

Contudo, o porta-voz da chancelaria iraniana, Saeed Khatibzadeh, disse que a "fátua do Líder Supremo de banimento de armas de destruição em massa e nucleares ainda é válida".

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