Após a Rússia ter enviado, no último dia 15, cerca de 10.000 doses de imunizantes contra a COVID-19 para a Autoridade Palestina, os imunizantes haviam sido retidos na fronteira com Israel.
As doses foram adquiridas pela Autoridade Palestina, que governa partes da Cisjordânia, território ocupado por Israel. O plano era dividir o imunizante com a Faixa de Gaza, que está sob o comando do grupo Hamas.
A liberação por parte do Ministério da Defesa do Estado Judeu aconteceu hoje (17), após reunião do Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset, escreve o Jerusalem Post.
Antes, Israel avaliava a possibilidade de exigir que o Hamas libertasse alguns civis mantidos como reféns em Gaza. Israel desejava também a libertação de dois soldados israelenses, Oron Shaul e Hadar Goldin, presos pelo Hamas desde 2014.
A família de Goldin, inclusive, fez uma petição ao Supremo Tribunal de Justiça na quarta-feira (17) para interromper a transferência de vacinas para Gaza controlada pelo Hamas até que os corpos dos soldados e dos prisioneiros sejam libertados.
O presidente do Comitê de Relações Exteriores e Defesa, Zvi Hauser, criticou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu por permitir que as vacinas fossem transferidas "para os chefes do Hamas em Gaza, e não insistir em obter nem um centímetro de informação sobre os prisioneiros israelenses".