Em outubro de 2020, o senador Chico Rodrigues foi flagrado com R$ 33,1 mil na cueca e acusado de desviar recursos do combate à COVID-19.
Na ocasião, escreve o jornal Estado de São Paulo, o parlamentar foi afastado de seu cargo. A licença solicitada por Rodrigues após o escândalo terminou nesta quarta-feira (17).
De acordo com a Constituição e o regimento interno do Senado, um parlamentar não pode se licenciar do mandato por mais de 120 dias a cada ano.
Hoje (18), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu não prorrogar o afastamento de Chico Rodrigues, o que, na prática, abre caminho para ele reassumir o cargo.
Diante da repercussão negativa, Barroso explicou o caso. Segundo ele, o Ministério Público ainda não ofereceu uma denúncia contra Chico Rodrigues. Não havendo fatos novos que justificassem a extensão da medida (de afastamento), a tendência é que ele volte às suas atividades no Senado.
O senador foi afastado do cargo há quatro meses por decisão de Barroso, após uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal. Rodrigues tentou esconder o dinheiro dos agentes da PF, mas não obteve sucesso.
Após a decisão do STF, Rodrigues decidiu se licenciar para evitar um desgaste maior em uma solução combinada com o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre.