A Rússia vai iniciar na quinta-feira (18) testes clínicos da Sputnik Light, a nova vacina do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, revelou Sergei Sobyanin, prefeito de Moscou.
"A nova substância [...] foi projetada para eliminar o principal inconveniente da [vacina] clássica Sputnik V, a existência de dois componentes administrados ao paciente com algumas semanas de intervalo", escreveu em seu blog.
"A Sputnik Light já passou as primeiras fases de testes. Todos os que a receberam formaram imunidade à COVID-19, e a substância em si é tolerada pelo organismo como uma vacina comum", disse. Referiu ainda que a Sputnik Light, que usa os mesmos vetores portadores adenovirais que a Sputnik V, não contém o coronavírus e, por isso, é impossível ficar infectado ou infectar outros.
A nova vacina exigirá uma única injeção, necessitando de um período mais curto para produzir anticorpos, começando após uma semana e atingindo o máximo após quatro semanas.
Após o Ministério da Saúde da Rússia aprovar o produto para a terceira fase de testes, vão começar os ensaios clínicos envolvendo 6.000 pessoas na Rússia e nos Emirados Árabes Unidos (3.000 em cada).
Versão nasal da Sputnik V
Além da Sputnik V e da Sputnik Light, Moscou vai também realizar três fases de testes clínicos de uma versão nasal da vacina, anunciou Sobyanin no mesmo comunicado.
"Estamos também explorando novas formas de proteção contra o coronavírus. Os especialistas desenvolveram uma versão nasal da Sputnik V, que forma imunidade na área da nasofaringe". Ele esclareceu que este medicamento não substituirá uma verdadeira vacinação, mas pode ser útil como uma barreira adicional.
A Sputnik V, a primeira vacina contra o novo coronavírus registrada no mundo, já foi administrada a quase 600.000 pessoas em Moscou, mencionou o prefeito da capital russa.