Após encontrar os dispositivos, a PF abriu inquérito para investigar o episódio, conforme informa o UOL. Silveira não poderia ter comunicação de forma livre desde terça-feira (16), quando foi preso por determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Em entrevista coletiva após a audiência de custódia, André Rios, advogado de Silveira, disse não saber o motivo de os celulares estarem na cela do deputado. Ele espera que o inquérito policial que será aberto pela PF esclareça o fato.
"Eu não tenho ciência disso, acho que é uma operação que a própria PF vai fazer e vai chegar ao que se deu essa apreensão, quem é o responsável", disse Rios.
Daniel Silveira está preso em flagrante. A conversão da prisão para preventiva deve ocorrer somente após a Câmara dos Deputados decidir se mantém ou derruba a ordem de prisão. Nesta sexta-feira (19), a Casa terá uma sessão deliberativa para tratar da apreciação da medida cautelar do STF contra o parlamentar.
Silveira foi preso na noite de terça-feira (16) após publicar um vídeo com ofensas e pedido de fechamento do STF, além de ter feito apologia ao Ato Institucional 5 (AI-5), instrumento de repressão mais duro da ditadura militar.
No dia seguinte à prisão, o STF decidiu por unanimidade manter o deputado preso. Após a notícia da detenção do afiliado, o presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar, afirmou que o partido está "tomando todas as medidas jurídicas cabíveis" para a expulsão de Silveira.
Já nesta quinta-feira (18), Airton Vieira, juiz auxiliar do STF, decidiu manter Silveira preso, em decisão tomada após a audiência de custódia.