Segundo Covas, os documentos propondo a venda das vacinas, que acabaram ignorados, foram enviados em julho, agosto e outubro de 2020. As ofertas tratavam de 60 milhões de doses do imunizante a serem entregues até o fim de 2020 e de outros 100 milhões para entrega em 2021.
"Vamos colocar a responsabilidade em quem tem responsabilidade. Estão aqui os ofícios que foram encaminhados ao Ministério da Saúde ofertando vacinas. O primeiro em 30 de julho de 2020. Ofertamos nessa oportunidade 60 milhões de doses de vacinas prontas para entrega ainda em 2020 e 100 milhões para serem entregues em 2021. Não tivemos resposta", disse Covas, enquanto mostrava em um telão uma imagem com os documentos enviados ao Ministério da Saúde.
A pasta da Saúde assinou contrato com o Butantan em janeiro. O acordo prevê a entrega de 46 milhões de doses da CoronaVac até abril e dava ao governo federal a opção de adquirir mais 54 milhões de injeções – o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, confirmou a compra destes lotes extras de vacinas, completando 100 milhões de doses.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta sexta-feira (19) a prefeitos que novo lote de 4,7 milhões de vacinas deve ser usado inteiro na aplicação da primeira dose, ser reserva para segunda https://t.co/WthLFD75YC
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) February 19, 2021
Nesta quinta-feira (18), o Ministério da Saúde pediu ao Instituto Butantan a entrega de mais 30 milhões de doses. Na próxima segunda-feira (23), o Instituto terá 426 mil doses prontas para entregar à pasta.
Também nesta quinta-feira (18), governo federal anunciou que precisará rever a distribuição das vacinas relativas ao mês de fevereiro. A meta era distribuir 11,3 milhões de doses em fevereiro, sendo 9,3 milhões da CoronaVac e dois milhões da vacina de Oxford/AstraZeneca, importadas da Índia. No entanto, o Butantan anunciou que só conseguiria fornecer 2,7 milhões de doses.